Fim de semana, o caótico tráfego se esvai.
O burburinho dos carros da lugar a paz nas vidraças e vozes provenientes de televisões, as varandas tornam-se um lugar tolerável, até aprazível.
Moradores retiram-se de seus aposentos e se fazem pedestres sobre mim, torno-me sua praia,
seu lazer - ainda que cinza.
Os edifícios a minha volta denotam o tempo que já não mais é.
Daqui enxergo vidas solitárias, famílias e histórias que não me pertencem, mas que vivencio pela inegável proximidade.